sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A limitação dos mandatos aurtárquicos e a dificuldade em largar o poder.

Numa altura em que a popularidade dos políticos se encontra perigosamente em queda, a classe continua a demonstrar uma profunda e chocante falta de ética.O último capitulo desta fastidiosa novela prende-se com a forma pouco séria com que alguns autarcas decidiram interpretar a lei à sua maneira, numa tentativa clara de se perpetuarem no poder.

A minha opinião relativamente a este assunto é muito clara. A falta de rotatividade na liderança de qualquer tipo de organizações provoca vícios e compadrios que prejudicam as mesmas. A execução de um projecto exige tempo e paciência, mas as organizações não se podem confundir com as pessoas, e quando uma ideia tem sucesso pode ser seguida e orientada por diferentes equipas. Gente que se amarra ao poder acaba por prejudicar as instituições uma vez que a inércia provocada pelo desgaste adquirido ao longo do tempo é inevitável.

Desta forma, candidaturas como a de Luís Filipe Menezes à Câmara Municipal do Porto e de Fernando Seara à Câmara Municipal de Lisboa são simplesmente patéticas, e demonstram que os actuais partidos políticos não só não se conseguem renovar, como estão totalmente alheados daquilo que se passa à sua volta. Espero, sinceramente, que estes senhores sejam copiosamente derrotados nas urnas, e que aprendam de uma vez por todas que o associativismo autárquico é um serviço que se presta ao país, e não uma carreira.

Não podemos passar o tempo a dizer mal dos políticos e depois deixar que estas pessoas se amarrem aos cargos que ocupam. A renovação é indispensável para que a cidadania e a democracia funcionem. Independentemente de terem realizado, ou não, um bom trabalho, é importante que a classe politica se renove, e que seja dada a oportunidade para que novas pessoas contribuam para o desenvolvimento do nosso país. Dois mandatos chegam, depois há que pensar numa nova forma de encarar o futuro. Não queremos pessoas amarradas ao poder como se de lapas se tratassem. Mudar de rumo depende da resposta que dermos nas urnas, por isso pensem bem antes de votar.