Ás primeiras badaladas do novo ano, os aumentos foram tantos
que lhes perdemos a conta. Sobe IVA nas mais diversas áreas, sobem as taxas
moderadoras em todos os serviços de Saúde, sobe a eletricidade, sobem as
telecomunicações, sobem as rendas e o IMI… bem, é mais caso para perguntar: O
que não sobe? E a resposta aqui é mais fácil: Os salários.
Portanto, nada de novo. O Governo, seguindo a cartilha
imposta pela troika, continuará a apostar numa estratégia de austeridade em
cima de austeridade, aumento em cima de aumento, cortes em cima de cortes. A
inteligência não é a suficiente para perceber que isto NUNCA resulta, porque o
CONSUMO DESCE, por consequência DESCEM as receitas que se esperariam obter? Sim,
mas neste momento não se quer saber disso para os lados de São Bento.
A Grécia parece cada vez mais condenada a uma saída forçada
do Euro, e a abertura deste precedente obviamente que vai colocar Portugal no
ponto de mira. A partir do momento que os mercados e a sua “confiança” consigam
fazer a primeira vítima na Europa, mais se esperam (como de resto, na minha
opinião, é o objetivo desejado por este sistema mentiroso, fraudulento e
terrorista baseado em agências de rating, que convenientemente ignoram que
alguns estados da América possuem dívidas superiores a Portugal).
Realmente parece pacífico acreditar que 2012 não augura nada
de bom, e que será pior ainda que noutros períodos de crise, pois pela primeira
vez vemos Ministros e, pior ainda, o próprio Primeiro-ministro a sugerir a
emigração a determinadas classes profissionais qualificadas deste país. Terá
sido a primeira vez também que um Presidente da República desejou um ano “tão
bom quanto possível”, com o maior dos semblantes de de resignação. Quando a uma
má situação se junta uma sensibilidade governativa deste calibre, otimismo é
coisa difícil de se ter.
Continuamos no entanto a levar com a propaganda
governamental que 2012 será o “ano de viragem económica”, “o início do fim da
crise”, e outros anúncios que tais. Pergunto-me se realmente poderemos
acreditar em algo como isto, dado que, com tantas medidas destinadas a esmifrar
até ao tutano a carteira nacional, sobreviver já parece um desafio de respeito,
quanto mais fazer crescer a economia.
Perante esta linha de atuação, sou forçado a tomar como
certo que com o Governo pouco ou nada poderemos contar para nos safarmos em
beleza de um “ano difícil”. Podemos contar, sim, connosco e com aqueles que nos
rodeiam. Se todos, mediante as nossas possibilidades, pudermos fazer algo por alguém
que esteja mais necessitado, terá mais efeito que qualquer coisa que Governos
como este e outros que por aqui passaram pensem fazer, do alto dos seus
gabinetes.
Não vamos obviamente arranjar solução para os problemas ou
melhorar o estado do País com pequenas ajudas, mas se com aquilo que pudermos
dar\fazer melhorarmos a vida de algumas pessoas, acredito que já terá valido a
pena. Porque estaremos a lembrar-nos de algo que a crise tem feito esquecer: um
País é composto por pessoas, e não por capitais ou dívidas soberanas que estas
não contraíram.
Society
We all know there's something wrong and we know it all along
Sincerity
You may think there's no one else till they put you on a shelf
Society
Pay your taxes stand in line help them plan for your demise
Society
Crush the weak to get your share cause nobody's playing fair
And no one cares
How long you pray makes no difference today
We all know there's something wrong and we know it all along
Sincerity
You may think there's no one else till they put you on a shelf
Society
Pay your taxes stand in line help them plan for your demise
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Pennywise - Society