A pura e crua inocência da juventude morre na exigência da sociedade atual. Vivem-se tempos de disciplina, forçosa máscara no culto da imagem. É talvez a melhor definição da decadência da imprevisibilidade, espontaneidade, criatividade, vicissitude causadora de estagnação. Inércia no tempo em que o mundo gira à velocidade da luz, não são precisos segundos para China e Portugal apalavrarem compras de dívida, sem que nem Portugal nem a China deixem os repetivos continentes.
Mudam-se os tempos, perdem-se as vontades, somos todos sobreviventes e vivemos como tal, sedentários na nossa existência. Crescemos sob a filosofia que distingue os conformados, “sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo”, ataraxia dos passivos de espírito. Desengane-se quem julga ser despiciendo, descartável pelo poder instaurado, cada qual faz a diferença a que se propuser. É aí que entra a hierarquia do populismo, entropia crescente num sistema só por si pouco eficiente. A falta de competitividade intelectual paralisa a nossa sociedade, suga-lhe os valores e promove a desordem. Assertivamente, precisamos de lideranças fortes nos lugares certos, dotadas de poder de decisão e capacidade de mudar o status quo. Falo na sociedade em geral, sendo claro, particularmente na vida pública, a ausência de personalidades do género.
Olhamos para o topo e percebemos a penosa lacuna de idoneidade de quem recebe o erário público, uma certeza, estadistas nem vê-los. Nem é preciso tanto, atentemos nas associações de estudantes. Refletem isso mesmo, didáticas e recriativas para os seus associados, isso não está em questão, mas diluídas na sociedade. O seu impacto é nulo, o seu peso político idem. Desentenda-se uma colagem a ideologias partidárias, longe de mim tal obscenidade, no entanto, a sua preponderância junto das instâncias decisoras tem de ser sentida. A voz dos estudantes tem de se fazer ouvir, intervindo na abrangência possível, defendendo a academia, claro está, e muito mais. São, antes de mais, visões novas para velhos problemas, aliadas a um conhecimento e vontade insaciáveis, sem esquecer que integram a futura geração e podem falar por ela. Aconselho um documentário que prova, num passado de conjuntura ainda mais difícil mas de futuro igualmente incerto, todo o meu discurso.
A genialidade sente-se, goste-se ou não, nas palavras que ficam. Personificar um heterónimo, relatar-lhe os passos perdido por Lisboa, indignar-se com tal serenidade própria do estoicismo e moderação caraterística do epicurismo, saudades Saramago. Tenho para mim que, em crítica ao estado atual das coisas, disseste a Ricardo Reis:
“Eis o espetáculo do mundo, meu poeta das amarguras serenas e do cepticismo elegante. Desfruta, goza, contempla, já que estar sentado é a tua sabedoria”.
Mudam-se os tempos, perdem-se as vontades, somos todos sobreviventes e vivemos como tal, sedentários na nossa existência. Crescemos sob a filosofia que distingue os conformados, “sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo”, ataraxia dos passivos de espírito. Desengane-se quem julga ser despiciendo, descartável pelo poder instaurado, cada qual faz a diferença a que se propuser. É aí que entra a hierarquia do populismo, entropia crescente num sistema só por si pouco eficiente. A falta de competitividade intelectual paralisa a nossa sociedade, suga-lhe os valores e promove a desordem. Assertivamente, precisamos de lideranças fortes nos lugares certos, dotadas de poder de decisão e capacidade de mudar o status quo. Falo na sociedade em geral, sendo claro, particularmente na vida pública, a ausência de personalidades do género.
Olhamos para o topo e percebemos a penosa lacuna de idoneidade de quem recebe o erário público, uma certeza, estadistas nem vê-los. Nem é preciso tanto, atentemos nas associações de estudantes. Refletem isso mesmo, didáticas e recriativas para os seus associados, isso não está em questão, mas diluídas na sociedade. O seu impacto é nulo, o seu peso político idem. Desentenda-se uma colagem a ideologias partidárias, longe de mim tal obscenidade, no entanto, a sua preponderância junto das instâncias decisoras tem de ser sentida. A voz dos estudantes tem de se fazer ouvir, intervindo na abrangência possível, defendendo a academia, claro está, e muito mais. São, antes de mais, visões novas para velhos problemas, aliadas a um conhecimento e vontade insaciáveis, sem esquecer que integram a futura geração e podem falar por ela. Aconselho um documentário que prova, num passado de conjuntura ainda mais difícil mas de futuro igualmente incerto, todo o meu discurso.
A genialidade sente-se, goste-se ou não, nas palavras que ficam. Personificar um heterónimo, relatar-lhe os passos perdido por Lisboa, indignar-se com tal serenidade própria do estoicismo e moderação caraterística do epicurismo, saudades Saramago. Tenho para mim que, em crítica ao estado atual das coisas, disseste a Ricardo Reis:
“Eis o espetáculo do mundo, meu poeta das amarguras serenas e do cepticismo elegante. Desfruta, goza, contempla, já que estar sentado é a tua sabedoria”.